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Manual Prático de Magia Sexual II

Iniciado por Mestre_Cruz, Julho 16, 2016, 03:52:11 PM

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Mestre_Cruz

A MEDITAÇÃO DE ÁTUM



1. Sente-se pacificamente e entre num estado de profundo relaxamento.

2. Remova as roupas, ao mesmo tempo meditando na remoção das barreiras mentais.

3. Medite na Declaração de Átum.

(Declaração Pirâmide 527)

"Átum foi criativo em proceder na masturbação solitária em Heliópolis, ele pôs seu pênis em sua mão para poder obter o prazer da ejaculação pela qual havia nascido irmão e irmã, isto é, Shu e Tefnut, a criação do mundo em termos humanos."

4. Medite no balanço dos atributos internos femininos e masculinos, criado pelo uso correto do orgasmo sexual.

5. Visualize suas barreiras sexuais sendo removidas e sua natureza como Vontade Verdadeira sendo manifestada.

6. Comece a masturbar-se utilizando o mantram 'Humn'.

7. Visualize-se atingindo a beleza escura do espaço infinito, use qualquer gênero sexual que preferir e improvise suas próprias imagens.

8. Prolongue o orgasmo por quanto tempo for possível.

9. Alcance o orgasmo e sinta-se libertando-se de suas inibições.

No momento do clímax, utilize o mantram 'Ghaa'.

10. Relaxe novamente num estado de silêncio meditativo e de iluminação.



MEDITAÇÃO DE ANDROGINIA ASTRAL



Esta meditação deve ser repetida por um período de tempo até que a eficácia seja alcançada. Levará mais tempo para alguns do que para outros.

1. Relaxe profundamente usando exercícios respiratórios.

2. Remova as roupas meditando na remoção das inibições.

3. Comece a masturbar-se visualizando alguém que te atraia sexualmente.

4. Conforme aumenta o ritmo masturbatório, troque o sexo da sua visualização. Transfira todos seus pontos de atração para o sexo oposto ao de sua preferência normal. Por exemplo, veja as belas pernas de uma mulher num homem, note o olhar, etc.

Durante este processo tente aumentar a excitação ao invés de deixá-la esvair.

5. Prolongue a visualização da imagem. Se necessário, retorne para a primeira imagem e então troque novamente para a segunda, continuando este "troca-troca" até que a segunda imagem possa ser sustentada com excitação.

6. No orgasmo, libere-se. Permita com que sua excitação possibilite a aceitação de excitação de uma fonte da qual no passado você não haveria obtido estímulo.

7. Continue este exercício até que você possa praticar usando imagens de ambos os sexos com excitamento físico.

8. Transfira este experimento para a prática.



Exercícios Preliminares na Magia Sexual



Os seguintes exercícios têm o objetivo de levar o mago na experiência do uso da magia sexual na atividade sexual rotineira.

O sexo é um sacramento e o corpo é nosso templo, cada orgasmo deve ser uma experiência de força e poder internos.

Nos exercícios seguintes o mago começará a experimentar algumas das várias possibilidades dentro da antiga arte do sexo.

Os exercícios estão divididos em três categorias :

1. Individual

2. Casal

3. Geral

Quando for especificado o uso de casal, eles podem ser de qualquer orientação sexual, entretanto, a pessoa a trabalhar com você deve ser, pelo menos, concordante ao seu envolvimento com magia, se não desejar experimentá-lo com você.



EXERCÍCIOS INDIVIDUAIS



1. Sente-se num estado meditativo, nu.

Medite no seu estado de nudez, chegue a uma experiência de como o corpo se sente, note movimentos internos, sensações, note o efeito de elementos externos no corpo, a brisa que passa e por aí vai. Torne-se consciente de seu corpo e então prossiga.

2. Experiencie seu próprio corpo.

Explore as várias áreas de seu corpo com cuidado e curiosidade, usando óleo ou creme passe suas mãos por todo seu corpo e experiencie-o plenamente.

Explore as fendas conforme você se torna sexualmente estimulado, explore seu orgasmo sexual, leve-se vagarosamente ao orgasmo experienciando seu corpo e atingindo uma melhor compreensão de suas ações e reações.

Termine a sessão com um longo banho relaxante.

3. Sente-se num estado meditativo.

Comece a vibrar palavras de poder, comece com, talvez, Aum e então prossiga para palavras como Thelema, Agape, Abrahadabra, etc.

Vibre estas palavras, cante estas palavras, adentre numa experiência sonora, varie a altura do som e mova a vibração. Sinta o som sendo transferido do órgão para o orgasmo, experiencie-o como um estimulante sexual e use o som em conjunto com a masturbação para aumentar a força do orgasmo.



RESPIRAÇÃO E MANTRAS NA EXPERIÊNCIA SEXUAL SOLITÁRIA



1. Sente-se com a cabeça reta e o abdome vazio, a espinha deve estar ereta e a mente alerta, mas relaxada.

2. Inspire pelo nariz, preencha os pulmões completamente, visualizando os mesmos cheios de Fogo Cósmico.

3. Expire todo o ar usando os músculos do abdome e o diafragma, sinta o fogo deixando o corpo, embora reste um resíduo nos pulmões.

4. A respiração deve ser rítmica, contínua e cíclica, sentindo que o resíduo ígneo aumenta a cada ciclo.

5. Conforme o fogo aumenta, assegure-se de manter a respiração num ritmo calmo.

6. Sinta o fogo acumulado explodindo pelo corpo estimulando todos os órgãos, especialmente aqueles de natureza sexual. Continue até que um estado de tensão e êxtase sexual intervenha, dando seqüência ao mesmo com um mantram específico e o ato sexual.



OS MANTRAS MURMURANTES



Humm... primeiramente baixo e então aumentando a altura, sinta o corpo tornando-se vivo com o som monótono. Aumente a sensação durante a experiência sexual.

Um procedimento para os mantras murmurantes poderia ser assim :

1. Pressione a língua contra o céu da boca, aperte o abdome para dentro e para cima.

2. Comece a murmurar suave e calmamente, aumentando em ritmo e volume.

3. Aumente o som até que todo seu corpo pareça vibrar num estado extático. Prossiga com a experiência sexual.

Mantras específicos devem ser usados em conjunto com os procedimentos dados. Alguns mantras murmurantes orientais excelentes são :

Humn / Yungm / Ghaa - Mantras usados para rejuvenescimento sexual.

Humn / Ghaa - Humn é para ser usado no congresso sexual e Ghaa para o orgasmo.

Hunga - Este mantram estimulam o chakra básico.

Linga - Este mantram estimula as emoções através do chakra cardíaco.



OS MANTRAS SONOROS



Comece com os mantras murmurantes e então conecte os sonoros com os daquela natureza. Por exemplo, você pode ouvir um som de abelha enquanto murmura, portanto oriente a sonorização para sons de abelha.

Flua com as variedades de som e você se pegará experimentando um largo espectro de estados alterados e experiências.

Esta técnica pode ser adaptada para qualquer experiência sexual, contudo, maestria individual deve ser alcançada primeiro.



EXERCÍCIOS EM CASAIS



Os três primeiros procedimentos esquematizados abaixo têm o objetivo de ajudar casais desenvolverem concentração de uma ordem superior. A importância disto é criar uma dicotomia entre o corpo e a psique para eles poderem controlar seus corpos enquanto suas mentes se concentram na magia.



1.     Criaturas Imaginárias



A. Sente-se de frente para seu parceiro, ambos nus.

B. Induza um estado de relaxamento.

C. Pare durante o ato e imagine um elefante cor-de-rosa passando, enquanto ambos viram-se para vê-lo, continue com o ato sexual, evitando conversar.

A chave aqui é que a atenção está no elefante, não no ato sexual.



2.     Conversação



A. Faça o mesmo que no exercício um.

B. Agora, no entanto, vocês devem iniciar uma conversa e mantê-la duma maneira coerente até pouco antes do orgasmo.

C. No orgasmo, pare a conversa e jogue-se no orgasmo como se você tivesse disparado um segundo reflexo.



3.     Exercício Humorístico



Use as mesmas técnicas mas agora faça uso do humor numa tentativa de afastar o foco para a psique e permitir que o corpo trabalhe automaticamente.



ROTINA SEXUAL PARA NOVE DIAS



Primeiro Dia

- Um centímetro de penetração, conservando-a desta maneira.

- Atinja o orgasmo por exploração corporal e masturbação.

- A penetração não deve ser mais profunda do que especificado.



Segundo Dia

- Como no primeiro, exceto que agora deve-se manter o pênis ereto e em posição por dez minutos ininterruptos.

- Não atinja a ejaculação.



Terceiro Dia

- Sem atividade sexual.



Quarto Dia

- Como no segundo dia.



Quinto Dia

- Use masturbação acompanhada por meditação na União Cósmica de Therion e Babalon (Shiva e Shakti, ou qualquer equivalente que preferir).

Veja seus papéis refletidos no interior de um e do outro e nos seus interiores.



Sexto Dia

- Faça como no primeiro dia, mas mantenha a posição por pelo menos meia hora e no máximo uma hora.



Sétimo Dia

- Realizem o congresso sexual meditando na sua união como a união das duas metades que existem dentro de cada um de ambos.



Oitavo Dia

- Como no sétimo dia, mas explorando orgasmo múltiplo.



Nono Dia

- Retorne para a atividade "normal".



O Procedimento do Congresso Sexual



Durante os dias sete e oito o seguinte procedimento deve ser usado. Pode também ser explorado durante a prática diária do sexo.

1. Entre em relaxamento profundo.

2. Visualize ambos como encarnações da formas de deuses escolhidos (Therion e Babalon, Shiva e Shakti, etc.)

3. Vibre energia através dos chakras, concentre-se no chakra básico.

4. Vibre o mantram 'Humn'.

5. Aumente o som do mantram conforme começar o intercurso.

6. Penetre com o som de 'Humn' sendo aumentado. Alcance o orgasmo com o mantram 'Ghaa'.

7. Retorne para o estado de relaxamento.



Conclusão



Todos estes exercícios formam os passos preliminares na Magia Sexual. Experimente-os, torne-os seus. Através destas experiências você deve ter uma idéia do potencial do organismo humano quando usado com intenção mágika. Conforme progredirmos, serão delineadas as técnicas avançadas e serão dados os procedimentos de como a magia sexual pode ser usada para otimizar e acentuar a maior parte das operações mágikas. Lembre-se sempre que o corpo é um Templo vivo e os órgãos sexuais, seu altar.

Para alguns Magos, o uso do corpo pode levar algum tempo, isto é comum. O processo da Magia Sexual pode ser usado por todo Mago não importando o tamanho, a forma ou antecedente pessoal. Os Mistérios da Magia Sexual trabalham pelo seu próprio poder interno e todos os magos os acharão eficazes. Parecerá difícil, para a maioria, num primeiro momento, de diferentes formas, mas conforme a experiência acontece e se desenvolve, os medos cairão e uma nova força interior ascenderá...e este é o começo da iniciação.



Capítulo 5



OS MISTÉRIOS DA FÊNIX



O Simbolismo da Fênix



A Fênix era o pássaro simbólico do retorno, representando vários ciclos de tempo como ensinado nas antigas escolas de mistérios. A Fênix era a constelação na qual Sothis (A Estrela de Set) era a estrela principal. Como uma constelação provavelmente correspondera à de Cygnus e Aquila, a Águia. Tanto o cisne quanto a águia eram representações de Bennu ou pássaro do retorno. Estes podem ser encontrados representados nas tradições mais antigas de formas similares. a Fênix dos romanos era a Águia, enquanto que a alternativa dos Hindus e Sumérios (Yezidi) foi o Pavão.

De acordo com Plinius, a vida da Fênix tem direta conexão com o ano maior do ciclo de renovação, a duração deste ciclo, no qual as estrelas e constelações retornam a suas posições originais, varia de acordo com diferentes autoridades. Um prescreve um período de 666 anos, outro, de 1461 anos, sendo este período o específico do ciclo de Sirius. Heródoto afirma que a Fênix ressurge a cada quinhentos anos, dando ele, portanto, este número como a duração do ano maior de retorno cíclico.

Os adoradores de Set eram os astrônomos mais eruditos do Antigo Egito, havendo rumores de eles terem sido os construtores da Grande Pirâmide. Eles estavam informados do ciclo de recessão e calcularam-no como um período de 52 períodos da Fênix, sendo cada um destes de quinhentos anos. Portanto, de acordo com o Sacerdócio de Set original, o Grande Ano tinha 26 mil anos.

A Fênix era conhecida como "A Dupla Trilha", a ave do retorno e a eterna vindoura e, como tal, era representada na Ordem da Aurora Dourada (GD) como o Mestre que empunhava a vara da Fênix. Este título específico é também mencionado no terceiro capítulo do Livro da Lei e é de relevância específica como expressão da fórmula dinâmica de Thelema e Agape na magia sexual moderna. No Egito, a ave Bennu ou Fênix era representada pelo Heron ou Falcão e sendo que o falcão dourado era visto como o veículo solar e fálico de Hórus, podemos ver a relação direta com a mensagem do Livro da Lei e a comunicação de Aiwaz.

A Fênix era escolhida como um glifo do Cajado Duplo (Double Wanded One) porque simbolizava retorno cíclico ou aeonico. O Aeon renova-se como a Fênix e portanto a relação entre estes dois conceitos dá algum crédito a uma mensagem interna por trás de Thelema. A mensagem interna está baseada no fato de que o primeiro herói celestial não foi o Sol, mas o conquistador do fogo solar, representado pela estrela Cão (Canis) não apenas como um Senhor do Fogo mas como um governante do fogo. Portanto, quando o Sol achava-se no signo de Leão e o calor africano estava perto do intolerável, Set como a Estrela Cão ou Set/Hórus (Orion) ascendia. E então quando o Sol atingia sua altura máxima e começava a declinar, a Estrela Cão de Sirius e os gêmeos Hórus/Set (Orion) eram adorados como conquistadores das causas de tormenta. O Deus Set que derrotou o Leão do Sol e trouxe a cheia do Nilo era o arauto das transbordantes águas de Nuit que salvam as terras de aniquilação.

Em termos esotéricos, Set é a besta que salta do sol ou Falo e ascende como a Fênix do dilúvio das águas cósmicas que irradiam de Nuit através do abismo em direção aos mundos ou dimensões mais baixas. Crowley restaurou a tradição Draconiana mais antiga e o culto sem nome que se espargiu além dos Aeons e trouxe a humanidade para o limiar dos diversos ciclos Aeonicos. Estes ciclos são preparatórios para a ascensão do ser humano, como uma Fênix, em um novo estado de ser, o Homem Superior.

Para entender plenamente a mensagem do pássaro Bennu, devemos primeiramente examinar na Qabbalah esta fascinante criatura e sua relação com a formação do Homem Superior e as vindouras correntes de energia.



Análise Cabalística da Fênix



Antes de podermos entender verdadeiramente as atividades da Fênix como a ave de dupla vara na Árvore da Vida, devemos estruturar a Árvore duma maneira que nosso conjunto de imagens seja coerente dentro desta forma de simbolismo.

Primeiramente, dividamos a Árvore em três formas de correntes de energia: Estelar, Solar e Lunar.



1. Forças Estelares :

Substância Raiz : Set, Nuit ou Ain.

Força Oculta : Hadit ou Kether.



2. Forças Solares :

Substância Raiz : Therion ou Chokmah

Aspectos Planetários : Hórus / Set (modo superior de Tipheret)

Osíris / Typhon (modo inferior de Tipheret)



3. Forças Lunares :

Substância Raiz : Babalon ou Binah

Aspecto Planetário : Ísis / Hecate ou Yesod

Este sistema de divisão formula a Árvore da Vida de tal modo que reflete as formas trinas de Força Cósmica. As Forças Estelares irradiam dos Supernais e usando a substância raiz de Therion e Babalon formam as correntes Solar e Lunar na Árvore. A corrente Solar é formada pela Cruz Circular Cósmica, sendo a força de Tipheret dividida em quatro pólos :

A Metade Superior é composta de Hórus e Set em seus modos solares. Eles recebem as forças das Supernais e as irradiam para os mundos inferiores via esfera Lunar.

A Metade Inferior é composta da egrégora solar (ou mente-grupo) deixada pelo Aeon passado, é sombreada pelas forças do topo, mas ainda tende a influenciar a radiação da força.

Esta dualidade Topo/Fundo traz à mente a necessidade imperativa de reavaliar e reinterpretar os ensinamentos do velho Aeon sob uma nova luz ao invés de rejeitá-los duma só vez.

Esta ação redime as energias do centro inferior de Tipheret e alinha-as com a nova corrente. Embora energia seja irradiada de Binah nas esferas Lunares, a maior radiação de força no centro Lunar é através da Cruz Circular Solar.

Esta radiação é importante pois focaliza o mediante de energias no Centro Sol da Criança Coroada e é nesta localidade que o mistério da Fênix começa.



Irradiações de Energia

As energias irradiadas dos Supernais entram em Tipheret através das águas do Abismo, aqui a energia é filtrada e adaptada e aquelas vibrações afins com a esfera Lunar são irradiadas através dos Caminhos para o vórtice Lunar. Estes centros de irradiação energética estão no centro de Tipheret, a Criança Solar ou Hórus, que forma o glifo externo da Fênix. Hórus ou Heru-Ra-Ha é o Senhor do Duplo Cajado, cuja imagem exotérica é solar em orientação. Entretanto, esta é apenas uma aparência, a verdadeira natureza da Fênix é encontrada dentro dos aspectos mais escuros deste ícone. Por assim dizer, sua natureza real é Ain ou Set.

Isto é óbvio na imagem do Pavão como usada pelos Yezidis Sumérios. A Fênix suméria era simbolizada pelo Pavão, pois cada uma de suas penas contém um "olho". A numeração de "olho" é setenta ou Ain.

A Fênix em todas suas formas, é o distribuidor central de energia da Árvore da Vida, suas formas estendendo-se por toda a criação através de Hórus e para o Nada através de Set. Sua forma, então, cria uma ponte entre os ciclos a partir da manifestação em direção à dissolução.



A Ressurreição da Fênix



Em mitologias antigas, a Fênix lança-se sobre as cinzas de civilizações caídas para nascer novamente. Esta imagem forma o aspecto mais importante da análise cabalística do pássaro Bennu. Conforme manifesta-se o Novo Aeon e as forças de Set irradiam-se mais forte do seio de Hórus, a Fênix ergue-se de seu local em Tipheret e move-se para os mundos superiores, e conforme ocorre este movimento, a onda de vida é arrastada através do Abismo e os escombros da civilização caída são deixados para trás. Conforme ascende, suas asas englobam Babalon e Therion, que são então unidos em seu peito como Baphomet, Pan, Hadit ou Kether (andrógino). Aqui, agora, Hórus torna-se o Senhor da Criação e, ainda, o ciclo não está completado. Hórus como Hadit afoga-se na eternidade de Set (Nuit) e o Universo retorna para o sono cósmico (Pralaya). Apenas aqueles que entraram na Fênix podem alcançar o Presente de Set, apenas aqueles que se tornaram imortais através do poder da Vontade podem atingir o Dom da Verdadeira Vontade. Este processo envolve um pleno entendimento de práticas esotéricas da Fórmula da Fênix.



Aspectos Esotéricos da Fênix na Magia Sexual



Para questões de fisiologia a Fênix é conhecida como "A que retorna" e era representada pelo Íbis, que era o veículo de Thoth, o Deus da Magia e da linguagem escrita e falada. De acordo com Plutarco, o íbis instruiu a humanidade na lavagem anal, que a própria ave realizava com seu bico. Este fator é imperativo a respeito da aplicação da fórmula da Fênix no décimo primeiro grau da OTO e o grau de Epsilon dentro do sistema da Astrum Argum. Este grau envolve o reverso do processo copulativo "normal".

É válido saber que os Altos Sacerdotes do Egito conhecessem o Pássaro Bennu ou Fênix, e nenhum outro, como o portador da essência vital, conhecida como "Trilha", sobre a qual dizia-se originar numa região secreta e inacessível. A "Trilha", em inglês 'Hike', pode ser igualada à Hekt egípcia, à Hecate grega e à germânica Hexe, portanto, podendo se ver os poderes mais obscuros da fórmula.

Crowley assumiu o título de Fênix ao alcançar os graus mais altos da OTO, mas apenas internamente à ordem. Em público, ele tomou o título de Baphomet. Estes dois combinados dão informações avançadas da fórmula. Num texto de caixão antigo do Egito, o Livro dos Mortos, a alma Triunfante exclama...

"Eu venho da Ilha de Fogo, tendo preenchido meu corpo com a Trilha, como aquele Pássaro que preencheu o mundo com aquilo que não conhecia."

Crowley descreveu a Fênix de Thelema como aquela que irá surgir dos escombros da civilização, num breve mas potente trabalho entitulado "O Coração do Mestre" (The Heart of the Master). Aqui vemos a mistura de ambas a fórmula da Fênix e seus papéis no progresso cabalístico pelos Aeons. De acordo com Heródoto (Livro 11:58), os egípcios celebravam o retorno anual da estrela Sirius com ritos caracterizados por cópula anal (algum tempo depois, corrupções apareceram e celebrações com cópula bestial também eram usadas). Crowley, estudando a fórmula anal, descobriu seu uso em arcanos ocultos de magia e ensinou-os como os Mistérios do décimo primeiro grau da OTO (Epsilon). Esta fórmula permaneceu mais poderosa do que outras alternativas devido ao seu uso especial e simbólico com membros de cada sexo, mas especialmente em atividades homossexuais.

O deus oculto, Set, representado por Sirius, a Estrela Cão, tipificou esta fórmula peculiar dos Mistérios. É neste sentido que Crowley, em conclave secreto com Frater Achad, assumiu o título esotérico de Fênix em 1915. Sendo a Fênix a ave do retorno cíclico, que administra sua própria cloaca, é portanto um símbolo importante de ambos aspectos, místico e físico, dos Mistérios. Dion Fortune nota que Vênus ou emoção é finalmente transcendida em Sirius e portanto, vemos a nova forma de "Love Under Will" (Amor Sob Vontade) expressa na fórmula da Fênix. John Mumford, um expert neste campo, tinha o seguinte a dizer em seu livro "Ocultismo Sexual" (Sexual Occultism) :

" A tradição secreta do Tantra Mágiko ensina que o ânus é uma zona erógena ultrasensível, diretamente ligada ao Muladahara, o chakra básico. Oculto dentro da base do chakra enrolado e enroscado, como uma mola, jaz o poder primal do sistema nervoso, manifesto como a deusa serpente, Kundalini.

A palavra 'esfíncter' significa um nó ou faixa e é derivada da mesma raiz grega de Esfinge, a besta mitológica, epítome dos mistérios ocultos. O mestre do sexo tântrico abre o esfíncter anal de sua Shakti, solucionando então o enigma da Esfinge."

O intercurso anal é um método específico de despertar a Kundalini. Uma referência ao texto de anatomia de Gray revela a existência de uma glândula oval irregular entre a parede retal e a ponta do osso caudular ou cóccix, chamada "o corpo coccígeo", embora sua função seja desconhecida para o fisiologista ocidental. Em Magia Sexual é conhecida como a "glândula Kundalini". A ativação sexual desta glândula é direta e rápida através da dilatação do esfíncter anal com um efeito reflexo consequente sobre os dois ramos do sistema nervoso autônomo. Além de alterar o sistema nervoso autônomo, o intercurso anal resulta em ejaculação de sêmen no reto que nutre a glândula Kundalini e desperta os fogos internos.



Trabalho Astral e Fisiológico da Fênix



O mago deve gastar seu tempo assumindo a forma da Fênix, este trabalho começará a realizar muitas mudanças na consciência e na atitude psicológica. Conforme o mago cria a imagem astral ele deve desenvolver uma atitude mental específica em conjunto com sua assunção, todos os aspectos da vida devem ser vistos como escombros diante da Fênix. Conforme a imagem surge na tela mental as ocorrências da vida rotineira diária e as memórias e imagens que relampejam pela mente devem ser vistas como escombros abaixo da Fênix ascensa. A combinação de visualização e atitude mental devem ser continuadas em relação à outra fórmula da Fênix.

A assunção ritual da forma da Fênix deve também ser realizada, os braços devem ser vistos como asas, a boca como o bico e assim vai até que tenha ocorrido uma transformação total na tela mental. Estes processos devem ser praticados até que um alto grau de eficiência tenha sido atingido, podendo então ser seguidos pela Missa da Fênix.



A Missa da Fênix



A Missa da Fênix é um ritual simples que afirma a identidade do mago como a Fênix / Humano Superior, o que ergue-se acima da vida para se tornar mais que humano. Deve ser realizada regularmente, mas não freqüentemente e com fortes exercícios preliminares. A receita para os pães de luz é encontrada no terceiro capítulo do Livro da Lei.

O uso de sangue dentro deste rito é importante por mostrar os ciclos de criação e dissolução, o eterno ciclo de recorrência que o mago percebe e do qual se liberta.

Uma variação deste ritual é fazê-lo apenas com sêmen ou fluidos sexuais. É uma boa idéia experimentá-lo de ambas as formas por um período de tempo, meditando na natureza da vida em suas variadas formas tais como sofrimento e alegria, como recorrência eterna e como força imortal.



Conclusões

A Fênix é um símbolo vivo e potente do desenvolvimento humano dentro do Aeon de Hórus. Junta uma larga amplitude de simbologias e práticas, sugerindo tanto o mistério do intercurso anal e a transformação da Árvore da Vida no contexto Aeonico. O uso pessoal e iniciático da Fênix como um símbolo do Humano Superior e como uma fórmula prática é central para a Magia. Contudo, será de muito trabalho e prática a plena integração da energia da Fênix.

Assim como a Fênix ascende, nós também podemos ascender sobre as ruínas da vida superficial e do pensamento diário para o santuário escuro da eternidade da Vontade, onde a Fênix governa num ninho de fogo escurecido no qual os limites de nossas mentes e corpos são queimados e a Pura Vontade, imortal, perfeita e livre de propósito é forjada.



Capítulo 7



O CIRCUITO PSICO-SEXUAL



Introdução



O organismo humano é uma árvore da vida e do conhecimento, é um mecanismo que funciona de acordo com a antiga fisiologia da Feitiçaria Sexual. Muitas descobertas modernas da sexologia atual são realmente apenas redescobertas do antigo arcano sexual dos mistérios que foram ensinados simbolicamente por tempos imemoriais.

O Circuito Psico-Sexual é a estrutura do organismo como entendido pelos magos sexuais, é uma compreensão que vai além do conhecimento da ciência moderna e engloba visões tanto físicas quanto parafísicas dos Mistérios.

A fisiologia que é delineada neste capítulo deve ser estudada com diligência, pois forma a base pela qual a magia sexual opera. Assuntos como as Kalas e o Amrita podem apenas ser entendidos se este circuito psico-sexual é adequadamente compreendido de antemão.

"O adepto deve identificar-se com seu corpo e transformá-lo, pois o corpo é a ligação entre o cósmico e o terrestre. Como a extensão material da expressão psíquica, o corpo brilha, irradia e anima-se na alegria de ser ele mesmo."

Sir John Woodroffe



O Circuito Psico-Sexual Humano



A configuração psico-sexual humana é um Tarot vivo. Embora, no passado, este termo tenha sido usado exclusivamente a respeito das

Chaves dos Mistérios (as cartas do Tarot), tem um significado mais avançado na forma de um circuito de eesência. O termo Tarot pode, pela Temurah, ser entendido como Lei (Torah), Roda (Rotah) e Essência (Taro). Estas definições quando conjuntas sugerem que o Tarot é a Roda da Essência. Este conceito de um ciclo de manifestação pode ser aplicado tanto num sentido ideológico, como nos 22 Arcanos Maiores do Tarot, e num sentido psicológico, para o Tarot vivo dentro do corpo humano.

O corpo humano é um sistema intrincado de forças interconectadas, é coberto por milhões de meridianos e linhas de energia, que se interligam para formar tanto os Marmas quanto os Chakras. Estes são ligações vitais com o fluxo de energia sexual dentro do organismo e oferecem as chaves de como opera a Magia Sexual.



O Marma Ajna Psico-Sexual



Este é o primeiro Marma e está localizado no Ajna Chakra, entre as sombrancelhas. A atribuição cabalística para este Marma é a letra Ayin ou setenta. Sua atividade é a do Olho de Shiva, quando o olho se abre o mundo de aparências e ilusões desvanece e a realidade é experimentada, algumas vezes em sua brutal totalidade. Esta experiência pode ser de extrema intensidade e é apenas para os que estão preparados (veja 'A História do Grande Deus Pan' de Arthur Machen como exemplo). Está relacionado astrologicamente com o signo de Capricórnio por simbolizar a experiência de Pan, a visão da integridade e unicidade de todas as coisas.



O Marma Psico-Sexual Qoph



O segundo Marma está localizado na nuca, sendo o trono cerebral da atividade sexual dentro da espécie humana e é atribuído à letra hebraica Qoph, de número cem. Esta enumeração pode ser entendida como a união do P (Phalus, falo em grego), 80, com o K (Ktéis, vagina em grego), 20. Qoph é atribuída à esfera lunar e este centro está envolvido com as secreções que estimulam o impulso e o desenvolvimento sexuais.



O Marma Psico-Sexual Visuddha



O terceiro Marma está oposto ao Qoph e está localizado no Chakra Visuddha, o centro laríngeo. Sua atividade em magia sexual é emanar a palavra (Logos) que é criada pela interação dos centros Ajna e Qoph. Esta união de Vontade e Vibração cria o Logos que é manifesto em Daath, ou seja, a garganta. Esta atribuição difere da Qabbalah moderna mas é imperativa para um entendimento do circuito psico-sexual.

Esta interação entre os Marmas Ajna e Qoph no Visuddha é central para uma compreensão da fixação da força sexual. A Gematria de Ayin e Qoph prova ser informativa : Ayin + Qoph = 170

170 é o número dos gigantes ou Nephilim. Os seres que são criados pela Vontade sozinha e que podem ser comparados aos Titãs da mitologia grega. Eles são seres de puro Logos; formulações da Vontade que são criadas pelo Eu (Self) em Ayin através das forças sexuais de Qoph e manifestas no Visuddha.

"...e a palavra transformou-se em carne."
Evangelho de João, capítulo um.



Os Marmas Psico-Sexuais das Palmas



Estes marmas encontram-se nas palmas das mãos, mas são tratados como um só marma no circuito geral. Eles estão atribuídos à letra Kaph e cada palma tem o número 20. As palmas são usadas para focalizar p fluxo de energia com o circuito. A esquerda é negativa e a direita é positiva, embora isso possa variar de mago para mago.

Juntas, as duas palmas dão o número 40, que por Gematria significa o Libertador e Leite, ambas referências aplicam-se para o uso das mãos para liberar fluidos sexuais durante rituais tântricos. Outras referências relacionadas incluem a Mão do Eterno e Mem, que pode ser definida tanto como sangue, fluidos (sexuais) ou vinho, todos novamente enfatizando o papel das mãos como libertadoras de secreções.



O Marma Psico-Sexual Genital



O quinto marma psico-sexual é os próprios órgãos sexuais, atribuídos a Ayin, de número setenta. Os órgãos são o segundo Olho e representam o esconderijo secreto da serpente (Kundalini).

Este número setenta pode também ser aplicado para LIL (noite) e SVD (segredo), ambos relacionados com esta zona psico-sexual como originadora dos Kalas, as secreções noturnas que sempre fluem ou Ain (Kali / Nuit). Setenta também é o número de CHBS ou Estrela, isto está implícito na mensagem "o Khabs está no Khu e não o Khu no Khabs" do Livro da Lei. Esta mensagem codificada refere-se ao fato de que a essência das estrelas não é encontrada na eternidade do espaço, mas nas secreções sexuais da Estrela encarnada como entidade.

Uma implicação mais avançada a respeito deste Marma é encontrada na palavra INN, que significa vinho, representando o sacramento deste marma psico-sexual, que conhecemos como Amrita.



O Marma Psico-Sexual do Olho Secreto



O Olho Secreto é o Olho de Set e portanto, é o reverso dos órgãos sexuais. Também atribuí-se a Ayin (70), entretanto, sua aplicação é na região anal e sua associação com a Kundalini.

Aqui, temos o ânus do bode como é visto no Sabbat das Bruxas e o mistério de SVD, que é o olho do bode como visto na imagem de Baphomet encontrada nos ritos dos Cavaleiros Tamplários.



O Marma Psico-Sexual de Bindu



Este marma é o fogo interno, atribuído à letra Yod (10).

Representa o Ponto Bindu, o ponto onde os dois sistemas sexuais conectados unem-se para formar uma simbiose. Pela Gematria, encontramos que dez está relacionado a Elevado, Planar e Janela. Todas estas imagens podem se relacionar ao uso do calor sexual para ir além do organismo em direção às visões do espaço interno.



O Circuito



Quando examinamos os sete marmas acima, chegamos a um ciclo de força psico-sexual, sendo este ciclo composto de oito segmentos ou zonas. Se considerarmos as duas palmas como zonas separadas, quando juntas com os outros centros formula-se um ciclo completo de 360 graus. Este círculo é o ciclo interno de Aeons, sete embora oito, o oitavo sendo o final do ciclo no Ponto Bindu de realização, este ciclo forma o ABRASAX interno, o senhor gnóstico de 360 graus. A Vontade como criada e fortalecida pelo ciclo interno de Aeons e secreções.

O sistema numérico deste ciclo é :

AYIN (70) + QOPH (100) + KAPH / KAPH (20 e 20) + AYIN : órgãos sexuais (70) + AYIN : ânus (70) + PONTO BINDU : YOD (10) = 360 graus

Os cinco graus restantes (para formar um ano) são os graus esotéricos do Círculo, os cinco dígitos da Deusa. Eles são atribuídos a vários Deuses e Deusas e têm um uso específico tanto na ciência macrocósmica de registro do tempo como na ciência microcósmica do corpo e suas correntes, que é conhecida no oriente como Kalavidya, Este ciclo não é apenas encontrado na seqüência sexual de marmas aqui descrita mas também dentro dos chakras gerais como encontrado na Kundalini Yôga tradicional. Ambos sistemas, bem como as atribuições físicas da Árvore da Vida, interagem como círculos numa grade cósmica, cada um forma um ciclo de manifestação e está envolvido na Árvore da Vida animada que o corpo humano forma. Ao invés de a Qabbalah ser uma realidade separada de Sephiroth e Caminhos, é um corpo vivo, um sistema de experiência e possibilidade internas.

No sistema tradicional de chakras o ciclo é composto de raios dentro de cada chakra, estes raios representando as emanações dos pés da Deusa Primal após ela ter se elevado ao Shasrara Chakra. Portanto, as emanações deste chakra são vistas como as da própria Deusa, ou em termos mais adequados, do Eu e assim não são contadas no cálculo dos raios.

Ajna ChakraRegião Pituitária64 raiosVisuddha ChakraRegião Tiroidal72 raiosAnahata ChakraRegião Cardíaca54 raiosManipura ChakraPlexo Solar56 raiosSwadisthana ChakraRegião Genital62 raiosMuladahara ChakraRegião Coccígea/Anal56 raiosCiclo Completo360 raiosDentro destes 360 graus existem outras divisões conhecidas como : Estelar, Solar e Lunar. Estas relacionam-se aos três segmentos do ritual tântrico e aos três segmentos da coluna dorsal : Ida, Susumna e Pingala. 118 graus são atribuídos ao Fogo (Estelar), 106 são atribuídos às influências Solares e 136 à Lunar, os cinco restantes são portanto, mais uma vez, os dígitos secretos da Deusa Kali (Ain).

Como será prontamente notado, as imagens ou formas de deuses usadas variam de acordo com a tradição, Kali, Set e Nuit podem ser todos atribuídos a Ain e usados de acordo com trabalhos e desejo ou inclinação.

Como pode ser visto acima, um sistema de atribuição pode ser formulado baseado nestes graus. Estes podem ser interpretados de diversas maneiras: os oito segmentos ou marmas, até mesmo os oito chakras, mais o Sahasrara chakra, trabalhando como um todo. Podemos até mesmo relacionar com os oito trigramas do I Ching e quando multiplicados por si em 64 possibilidades do Tao. Isto pode criar um ciclo completo por relacionar-se com a dupla Árvore da Vida (32 x 2).

Pode também ser entendido que em qualquer organismo há dezesseis aspectos sexuais, físicos e etéricos. Portanto, em qualquer ato de união sexual há trinta e dois segmentos vivos, uma dupla Árvore da Vida sexual. Quando estes Marmas são relacionados aos 16 Kalas ou secreções isso pode ser ainda melhor entendido. O ciclo formado pelos hexagramas do I Ching é interessante, pois a alquimia sexual chinesa é uma das mais intactas tradições sobreviventes do Tantra.

Ajna ChakraHexagrama LiSol e SolCentro QophHexagrama KhanLua e LuaVisuddha ChakraTrigrama SunAr e ArPalmas Li e KhanReflete Ajna/QophÓrgãos Sexuais Quian / Kun Falo / VaginaHexagrama TuiÁgua de ÁguaÂnusHexagrama GenTerra de TerraPonto BinduHexagrama ZhenFogo de FogoEm consideração às diversas maneiras de intitular os Hexagramas, a lista seguinte guiará o estudante que procura explorar mais profundamente. A pronúncia em parênteses é uma alternativa de pronúncia por causa dos dialetos chineses.

LiHexagrama 30TipharethKan (Khan)Hexagrama 29YesodSunHexagrama 57DaathQuian (Qian)Hexagrama 1KetherKun (Khwn)Hexagrama 2MalkuthTui (Dui)Hexagrama 58ChesedGen (Ken)Hexagrama 52NetzachZhen (Ch'en)Hexagrama 51Geburah.





Tabela de Marmas Psico-Sexuais



1. Ajna chakra (Vontade)Ayin 70Olho de Shiva2. NucaQoph 100Origem da Força Sexual3. Visuddha chakraAyin/Qoph 170Logos ManifestoA união de Ayin e qoph criam a energia de 170 no Visuddha, este é o poder para criar os 'Nephilim' ou Gigantes Rebentos da Vontade, formações do Eu puro ativado por meios sexuais e manifesto através do poder da 'palavra' mágika (Logos).

4. Palmas das MãosKaph 20cada Ativadores das Zonas Sexuais5. Órgãos SexuaisAyin 706. Região AnalAyin 70O Olho SecretoAmbas zonas são atribuídas a Ayin e relacionam-se ao uso mágiko dos órgãos sexuais, frontais e dorsais à Kundalini.

7. Ponto BinduYod 10O Ponto de FocoAqueles interessado em exploração mais detalhada do ciclo psico-sexual podem querer estudar as correspondências na página 40. Elas estão baseadas numa tabulação de Crowley e oferecem algumas introspecções (insights) interessantes sobre o ciclo sexual e sua relação às Sephiroth.

A partir destes ciclos, vamos perceber que a Árvore da Vida é um ciclo vivente de essência e, portanto, os Caminhos ou pontos conectores também devem representar fluxos de energia ou secreções dentro do organismo. O estudo seguinte dos pontos conectores como secreções do organismo vivo deve se lido em conjunto com as descrições dos Caminhos como letras hebraicas e arcanos do Tarot, encontrados em sistemas da Qabbalah tradicional e outros sistemas de atribuição.



OS CAMINHOS CONECTORES NA ÁRVORE DA VIDA COMO SECREÇÕES



O padrão de Tarot formado pela Árvore da Vida humana é uma parte intrincada da Qabbalah esotérica do Novo Aeon. Entre as Sephiroth vivas do corpo estão vários caminhos conectores ou emanações que transmitem as secreções dos reinos trans-Kether de Ain para o organismo.

Estas emanações realizam a transformação gradual do corpo e da mente e podem ser entendidas duma maneira peculiarmente tântrica com as atribuições mais tradicionais sendo comparadas e manipuladas de acordo com o engenho do próprio mago.

A décima primeira secreção é aquela do Espírito Santo. O Santo intoxicado é simbolizado pela respiração cósmica e pela águia de duas cabeças. É associado com o trigésimo terceiro grau da maçonaria e tem uma conexão elemental com Akasha. O Ovo Negro ou chama desta secreção pode também se relacionar a Sebek, o senhor crocodilo e a manifestação de Set.

A décima segunda secreção é aquela do Mestre de Maya e é governada por Hermes ou Mercúrio. Ele é o senhor do Falo e entende o segredo dos pólos opostos, a Pomba e a Serpente e da Casa de Deus (Beth). Seus poderes dualistas são a magia polarizada e apolar e ele controla todas as formas de transmissão de energia.

A décima terceira secreção é aquela da Alta Sacerdotisa Lunar, a Deusa tripla em seu estado virginal ou adormecido, a Ísis dormente, Artemís e Donzela. Ela é a essência e transmite os Kalas de Plutão através das areias de Urano.

A décima quarta secreção é a Grande Mãe, a porta pela qual a manifestação é alcançada, ela é a governante da magia polarizada e é representada na Alquimia Sexual pelo elemento do Sal. Seu domínio planetário é Vênus, que é finalmente transcendido em Sirius, portanto, ela é Daleth, a ligação entre os mundos.

A décima quinta secreção é altamente importante no Novo Aeon devido à injunção do Livro da Lei de transferir os títulos do Imperador e da Estrela. Esta secreção é agora a Estrela de Aquário, as secreções fluidas da Deusa que transforma o humano (Tiphareth) em Besta (Chokmah). A estrela representa a fórmula do Khabs no Khu, onde a essência do espaço infinito é encontrada dentro das secreções do organismo.

A décima sexta secreção é aquela do Alto Sacerdote dentro do culto do Humano Superior, tipificado por Touro. Nos velhos cultos a besta era exterminada como sacrifício, hoje, o uso do instinto animal alcança seu estágio mais alto de consciência.

O Touro traz a força da Besta 666 para a manifestação como o divino rei de Júpiter. O número dezesseis também significa a secreção ou Kala secreto, que é o acúmulo dos quinze Kalas anteriores, que vieram ao seu clímax dentro da Estrela (Kala quinze) e manifestaram-se no vórtice do décimo sexto Kala, o Humano Superior.

A décima sétima secreção complementa e balanceia a da estrela da décima quinta e é usada pelo Humano Superior da décima sexta. A décima sétima secreção é a dos gêmeos, governantes duais de Zain, Hórus e Set. Portanto, nesta combinação de secreções nós começamos a ver a estrutura do sistema do Novo Aeon.

A décima terceira, décima quarta e décima quinta secreções são a Deusa Tripla que é Virgem, Prostituta e Mãe Sagradas. A décima sexta secreção é o Humano Superior, Taurus, o Touro da Deusa, cuja forma externa é Hórus e cuja Vontade Verdadeira é Set e isso é novamente reafirmado nos Gêmeos da décima sétima secreção.

Quando olhamos profundamente nos Mistérios destas secreções, vemos que Osíris era simplesmente uma forma mais antiga de Hórus. Portanto, Hórus era tanto o consorte quanto a criança de Ísis. Enquanto Set é Vontade Verdadeira de ambos, cuja mensagem não será plenamente compreendida até que a mensagem de Maat seja anunciada em conjunto.

Portanto, os gêmeos não são apenas Hórus e Set, mas Set e Maat.

"Pois duas coisas são feitas e uma terceira é começada. Ísis e Osíris estão dados a incesto e adultério. Hórus salta do seio de sua mãe com três braços. Harpócrates, seu gêmeo, está oculto dentro dele. SET é seu pacto sagrado, que deve mostrar-se no grande dia de M.A.A.T. (cujo nome é verdade)."

Liber A'Ash vel Capricorni Pneumatici, de Aleister Crowley

A décima oitava secreção é o impulso criativo e sexual do Mestre, balanceia o Humano Superior da décima sexta, representando a força de Câncer ou Cheth. Câncer é o caranguejo e é usado para simbolizar o caminho tântrico de Viparita Karani, indo para trás ou de lado (reversão dos sentidos) para atingir uma finalidade mágika.

A décima nona secreção é a Luxúria do Leão, que representa a semente da serpente que ativa a porta de Daleth da Sacerdotisa. É atribuída a Teth, a serpente fálica.

A combinação de Daleth e da Semente da Serpente forma o Espermatozoon ou Elixir Sexual : O Ermitão de Virgem.

A vigésima secreção é o Espermatozoon ou Eu Sexual do Ermitão, ele é o Rebento da Vontade; o Eu Verdadeiro que é formado pela união das formas opostas da psique e do corpo, Babalon e a Besta.

A vigésima primeira secreção é o Senhor do Karma, o Ermitão que foi formado pela Besta e por Babalon e está trabalhando na iniciação do Humano Superior. Ele aprende a superar a onda de recorrência eterna presente na roda eterna.

A vigésima segunda secreção é a de Libra, ajuste através da evolução do Eu além da recorrência eterna, via Magia Sexual. O Mago alinha a realidade com a iniciação pela qual ele está passando, sendo que esta ação detona a experiência do arcano do Enforcado.

A vigésima terceira secreção é a iniciação das Secreções Sexuais. O Mago cai no inconsciente através dos processos da Magia Sexual e começa a retificar o que está contido dentro de seus limites. Um dos métodos para se atingir isto está na próxima secreção.

A décima quarta secreção é Escorpião. Representa o orgasmo como uma "pequena morte". Sua lição é o uso do orgasmo para programar a psique e a invocação do excesso sexual para experienciar os limites da mente e do corpo.

A décima quinta secreção representa o uso da paixão animal para atingir um estado de Androginia. Esta imagem é representada como o Sagitário ou Baphomet e conforme a paixão aumenta, transforma o mago em experiências das Secreções do Bode.

A vigésima sexta secreção é a de Capricórnio, o Bode. Representa o uso de forte paixão animal para quebrar a ilusão (tipificada pela imagem do diabo) e transformá-la em Vontade pura. O produto disto é a manifestação do poder da projeção sexual como visto na próxima secreção.

A vigésima sétima secreção é a do uso do Falo como ferramenta de projeção. É atribuído a Marte, mas não num aspecto negativo, representa o jato de sêmen, criando estrelas e imagens através da programação do orgasmo. Também representa a ativação da Kundalini e sua ascensão pela torre ou coluna vertebral, detonadas pelas práticas Delta.

A vigésima oitava secreção é atribuída ao Imperador e a Áries. Tem diversas aplicações, uma das quais é o uso da tintura Vermelha, isto é, as secreções menstruais de uma Maga. Pode também se relacionar ao uso de paixão excessiva ou luxúria extrema para superar barreiras e limites e atingir o frenesi orgásmico da Torre.

A vigésima nona secreção é a da Lua. Está sob o governo de Qoph e portanto nossa discussão prévia de Qoph deve ser considerada. É uma passagem especial conectada ao instinto e, às vezes, até mesmo à transformação licantrópica.

A trigésima secreção é a do Sol, sendo o poder da aspiração e dos ideais que influenciam o fluxo da energia sexual. Deve ser entendida em conjunto com a informação já discutida a respeito do Ajna chakra. O produto da qual é visto no Logos ou palavra da trigésima primeira chave.

A trigésima primeira secreção é o Aeon, o arauto da Nova corrente. A mensagem do fluxo interno de Aeon-Kalas trabalhando em conjunto com a eternidade da progressão temporal. Seu número é 31 e reflete a mensagem do Livro da Lei (LIber AL ou 31), enquanto que seu reverso é treze, a Sacerdotisa da Estrela de Prata.

A trigésima segunda secreção é a da Manifestação. Tau em extensão, seu número é 440, secreções movendo-se para a plena materialização. É tanto o primeiro passo nos Mistérios ou a manifestação do Humano Superior na Terra. Tau é o sigilo do Deus Set e o ciclo está completado.



Notas sobre os Caminhos como Secreções



As secreções da Árvore da Vida biológica reúnem os vários métodos de interpretação a respeito dos Caminhos. Quando unidos, eles criam um fluxo em forma de Mandala.

Há várias fontes para informação avançada : os vários livros de Kenneth Grant, tais como "Cults of the Shadows", Cultos das Sombras, (Muller, 1975), entretanto, cegueiras deliberadas em muitas de suas interpretações são infelizes.

Para ajudar na organização destes conceitos em um sistema coerente, a seguinte tabela dos Caminhos das Secreções é feita para a exploração.



SUMÁRIOS DOS CAMINHOS COMO SECREÇÕES



11. Espírito SantoSanto Intoxicado12. ChaosPomba e Serpente13. Alta SacerdotisaDeusa Dormente14. BabalonDeusa Sexual15. EstrelaMãe do Espaço16. Homus superiorisKala Secreto, Alto Sacerdote17. GêmeosSet e Maat18. Impulso CriativoPrincípio da Reversão19. Semente da SerpenteImpregnação de Babalon20.

EspermatozoonErmitão como Criança Cósmica21. Senhor do KarmaControle da Realidade22. FugaLivrando-se do ciclo terrestre23. IniciaçãoExplorando o Inconsciente24. OrgasmoThanatos absorvido em Eros25.

BaphometAndroginia26. CapricórnioExploração27. Projeção FálicaPaixão animal destrói a Ilusão28.

Tintura VermelhaExcesso de paixão29. LuaOriginador sexual30. SolAjna chakra31. AeonMensagem como Logos32. Sigilo de SetManifestação ou começo.



Combinações Especiais Válidas de Atenção



13, 14 e 15 : Tripla Deusa que é estimulada por

16, Alto Sacerdote : Quem ativa a décima sexta e

17, os Gêmeos manifestos na dualidade de Set e Maat, impulso criativo interno e externo (18, 19).

14, Babalon, que dá nascimento ao Rebento do Eu,

20, o Ermitão : as iniciações de quem compreende os caminhos

21 a 26, resultando na união de Ajna e Qoph (29, 30)

31, a declaração do Novo Aeon e

32, a Manifestação do Novo Aeon.



O Simbolismo da Mandala



Um dos mais antigos métodos de simbolizar o ciclo dos Kalas é encontrado na Mandala, esta jóia visual, que embora desenhada em duas dimensões é na verdade de caráter tridimensional. Embora nem sempre desenhada, magos avançados podem formá-la mentalmente. Mandalas tendem a ser circulares em forma, focalizadas num ponto central. Normalmente são povoadas por imagens de Deuses, Deusas e Espíritos dos mais diversos e são símbolos do circuito psico-sexual.

A mandalas mais antigas são encontradas nas escolas tântricas e delineiam os ensinamentos sexuais com simplicidade. Um exemplo clássico é encontrado no Shri-Yantra. O Shri-Yantra é baseado num triângulo invertido, no centro do qual há um ponto representando o Sêmen. O triângulo em si é a vulva. Está contido em um triângulo de apontado para cima, que representa o Falo. Novamente este é cercado por um triângulo apontado para baixo, que é cercado por um triângulo apontado para cima, até completarem-se nove triângulos no desenho, normalmente, sugerindo a interação da vulva e do falo no coito. A borda externa é coberta por imagens de lótus e outras flores para criar uma proteção em torno da atividade ali contida.

A mandala das artes exemplificadas pelas figuras do Bon tibetano é normalmente criada de várias zonas. São ocupadas por Senhores do Submundo, esqueletos, demônios, cenas tétricas e amostras de cópula. Há muito em comum com as mandalas da adoração de Kali, que usam a representação do sexo e da morte para alcançar a catarse de Eros e Thanatos.

A importância da mandala é ofato de que é uma máquina oculta, um aparato vivo que pode ser usado para trabalhar as várias facetas do circuito psico-sexual de essência. As formas da mandala podem variar de trabalho para trabalho...em trabalhos mais obscuros, as mandalas do Tibet e do culto de Kali podem ser usadas, enquanto trabalhos com os Antigos (estilo do Necronomicon) podem apresentar melhores resultados com Mandalas Trapezóides das tradições necromânticas germânicas.

As mandalas são representações vivas do processo da magia, elas são bem sucedidas por sua mensagem afundar rapidamente no inconsciente, perdendo a maior parte do mediador consciente e alcançando seu objetivo sem impedimento. No ocidente, as mandalas sobrevivem na forma do círculo sagrado, do disco, do anel e até mesmo no Ouroborus Cósmico, que está sempre balançando sua própria cauda (Falo).

Na prática, a mandala é de significância por trazer juntas as várias facetas de um dado ciclo e transmiti-las profundamente ao inconsciente. Ao contemplar um trabalho, crie uma mandala, antiga ou moderna, para sintetizar os trabalhos e então, usando técnicas meditativas, programe o inconsciente antes do trabalho, otimizando a qualidade e o poder do ritual.



Conclusão



Para concluir este capítulo, deixaremos você com um poema de um mestre do tantra moderno, Dadaji, de suas séries póstumas :

"Na alquimia da yôga iluminadora, a servidão se rompe mas a alma sobrevive ao fogo.

Neste caminho nós exterminamos obstruções e vemos o vazio do desejo mundano.

Este é o caminho que você fez, não há volta, remorso ou

lágrimas, mesmo se pesadas como a chuva, não mais têm significado agora e você deve encarar a semente plantada, renascida mais uma vez.

Em beatitude e alegria de profunda 'possessão de si mesmo' (samadhi), ainda que nada procure, é apenas serenidade.
Então virá a realização suprema, que você é uma alma e que sempre esteve livre."



Capítulo 8



A NATUREZA DOS KALAS



Introdução



"Kalas. Tempo, essência, raio, divisão, dígito.

Um termo usado no Tantra para denotar a essência ou fragrância do Suvasini. Em seu sentido de tempo, nossa palavra 'calendário' deriva de Kala, em seu sentido de essência ou vibração, nossa palavra 'cor'.
Portanto, as flores da Deusa são seus Kalas."

Outside the Circles of Time (Fora dos Círculos do Tempo)Kenneth Grant (Muller, 1980)



O termo Kala é usado no vocabulário da magia sexual de duas maneiras distintas. Macrocosmicamente, os Kalas são as emanações de Kali-Ain na forma de Aeons e ciclos de evolução. Microcosmicamente, eles são as secreções produzidas pelos órgãos sexuais do macho e da fêmea durante rituais sexuais esotéricos (estes rituais podem ser 'solo' ou com parceiros de ambos os sexos).

Estas secreções são as flores do organismo, tradicionalmente, o termo Suvasini ou Dama de Cheiro Doce tem sido usado para designar a Sacerdotisa dos Kalas. Contudo, este termo insinua preconceito para com Shakti ou a Sacerdotisa encontrado em derivados do Tantra na Índia. O Tantrismo verdadeiro é baseado no uso tanto das secreções masculinas quanto femininas, ambas produzindo os Kalas ou flores da essência. O termo Kala é encontrado em muitas culturas, de muitas formas, sua larga amplitude de significado insinua o poder esotérico de sua natureza. Na África e no Egito o termo Ka significava a Sacerdotisa iniciada, derivando disto o termo Khu, significando essência ou poder mágiko. Khu significando especificamente o alto, Qoph significando Magia Lunar e em inglês Q, onde o O é a abertura e o \ é o falo.



A Natureza dos Kalas



Os kalas são, em termos simples, as secreções sexuais do mago, macho e fêmea, destiladas durante os ritos de intenção tântrica. Estas secreções são raios ou flores emanando de Nox ou Matriz de Ain encontrada no Sahasrara chakra e fluindo através dos vários chakras manifestando-se através das genitálias. Esta energia dentro do corpo é conhecida como Ojas, contudo, quando manifesta através da saída genital é conhecida como Kalas ou flores da essência.

Os Kalas são quatorze no não iniciado e dezesseis no iniciado, quando corretamente ativados. Na sexologia, quatorze destas secreções foram isoladas nos sumos vaginais e muitos nos fluidos masculinos, contudo, os outros dois ainda estão a serem descobertos. Os Kalas são a representação microcósmica de forças macrocósmicas da Árvore da Vida, cujos Kalas ou Caminhos e Sephiroth irradiam-se de Kali ou Ain. No tantrismo Kali é vista como aquela cuja natureza divide o tempo em Kalas ou vibrações, o fluxo e refluxo do universo é portanto encontrado dentro bem como fora do organismo, todas as coisas sendo parte de um fluxo ou onda primal.

Na mitologia primitiva, o pavão e o arco-íris eram vistos como imagens dos Kalas, as diversas variações de cor (cor sendo a forma de Kalas no português) representando as vibrações de Nox.

Em alguns derivados tântricos, a fêmea era adorada como originadora das forças de Kali. Entretanto, o mito tântrico mais antigo e autoritivo, o baseado em cultos tártaros, afirma que os Kalas são encontrados em ambos os sexos e a Suvasini é a alta sacerdotisaque foi androginizada pelo uso dos fluidos sexuais ou Kalas.



Tempo e Kalas



O circuito psico-sexual representa o ciclo de Kalas, num círculo (360º) e mais 5 graus restantes representando os cinco dias negativos dentro de cada lua ou mês. Isto pode relacionar-se ao ciclo periódico de menstruação. É um segredo bem guardado que o macho também tem estes ciclos e que em combinação estes dois ciclos podem produzir imenso poder oculto.

O período do ciclo Lunar de lua cheia até a nova era o ciclo da Lua Negra, o da lua nova para a cheia era o ciclo da Lua Brilhante. Estes eram divididos em quinze setores que se relacionam com o fluxo das forças lunares, os movimentos dos Kalas do espaço (Aeons) e o fluxo de secreções dentro do mago. O décimo quinto Kala é o tempo, portanto, é de localização atemporal, enquanto que o décimo sexto Kala é aquele que vai além do tempo, é o Kala de Nu e pode ser atribuído à própria Kali, sendo uma combinação de todos os quinze Kalas anteriores.



O Décimo Sexto Kala
Especialista em Trabalhos de Ocultismo
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