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Há vida num corpo morto?

Iniciado por Neferus, Abril 04, 2017, 02:18:24 PM

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Neferus

Só vou colocar esta foto se quiserem coloco mais ;)





Sabiam que já morreu há mais de 100 anos e o cabelo e as unhas continuam a crescer?
Então há vida num corpo morto? Já ouviram falar?
Depois coloco a história para quem quiser ir visitar e ver com seus próprios olhos...eu vou lá muitas vezes  ;D

Mayya


Neferus

O nome do defunto é António Moreira Lopes, falecido no ano de 1907 (supõe-se que terá nascido em 1823). O seu corpo foi exumado em 1972 ou em 1978 (segundo elementos informativos díspares), sendo que o mesmo estaria bastante bem conservado, o que fez o povo acreditar que se tratava dum novo caso de "Santo em Carne", embora António nunca tenha sido sequer beatificado (tal como no caso de Maria Adelaide que é apenas venerada popularmente). É curioso constatar que esta personalidade nunca exerceu qualquer ofício religioso, isto é, nunca foi padre, freire ou clérigo, pelo que torna singular o seu relato de vida. Mesmo assim, seria revestido no seu lugar do repouso com traje de frade ou de hábito religioso.
De acordo com o testemunho de Rosa Ribeiro, a qual revela um enorme apreço pelo "santinho", António era um homem repleto de boas qualidades. Às escondidas, cozinhava pão de noite para distribuir pelos mais pobres, num tempo em que a fome e a miséria, provocadas pela instabilidade e agitação sociais, sufocavam impiedosamente os sectores mais frágeis ou vulneráveis. De facto, Portugal viveu várias atribulações e crises no século XIX, realidade igualmente espelhada nos inícios do século seguinte, com o declínio da Monarquia e a instauração iminente da Primeira República que viria igualmente a fracassar. Terá sido neste contexto conturbado que António Moreira Lopes teria procurado auxiliar os mais carenciados, oferecendo-lhes o alimento essencial para as vivências diárias.

Tal como no já mencionado caso de Arcozelo, o seu corpo encontra-se em exposição numa capela, e ainda há um pequeno museu dedicado a esta personalidade. Tornou-se evidentemente num dos cartões-de-visita da freguesia de Beire e do concelho de Paredes, merecedor da adoração e curiosidade de diversos populares.
Quanto ao fenómeno dos corpos incorruptos é óbvio que a questão está longe de ser efectivamente esclarecida pois as teses ou opiniões divergem naturalmente entre religiosos, crentes e cientistas, e por isso, não é uma temática que ousaremos discutir aqui, independentemente das várias visões que possam existir sobre estes casos. Este dossier depende das crenças e convicções pessoais de cada cidadão, pelo que não pretendemos alimentar um debate que é inteiramente subjectivo.
O que é certo é que o número de corpos encontrados incorruptos ou inteiros em Portugal e em condições ambientais equilibradas, após várias décadas contadas a partir do precedente sepultamento, contam-se apenas pelos dedos duma mão, pois são extremamente raros. Em condições normais, um corpo pode levar, no mínimo, alguns meses, ou no máximo, 3 anos para decompor-se na totalidade.

Texto retirado https://oscarreirosdahistoria.blogspot.pt/2015/01/o-santinho-popular-de-beire.html





Sky

Eu não creio que haja vida num corpo morto. Mas realmente é intrigante o facto de continuarem a crescer as unhas e o cabelo.